16.10.09

All the single ladies!





Não é um plagio da música SUCESSO da Beyonce, é um ensaio, um informativo para as sofredoras de plantão. VAI PASSAR! Acredite, “tudo na vida muda até bermuda”, quanto mais um casinho que você teve com um carinha da academia. Vizinho? Três meses é? Vai, vai. Quê? Namoro de colégio, primeiro beijo, primeiro homem? Sim passa. Como, 5 anos e quase noivos? De novo, você consegue... Noivo, casou, separou? VAI PASSAR. Entendo que você fique na frustração, porque enquanto uns mandam você morrer de amor, outros dizem que “se a pessoa que você ama ou acha que ama e não quer nada com você, definitivamente ela não é a pessoa de sua vida” (Mario Quintana). Mas é isso, pára de viver o amor os outros, dos filmes, das músicas, o Samuel Rosa não fez aquela música pra você, ela se encaixou, ela colou, porque tem sempre alguém sofrendo e é por isso que é sucesso, aí a gente ouve e diz, “é a minha cara!”. Dá um basta nessa vida arrastada onde às coisas só vão fazer sentido quando você encontrar sua cara metade. Se ela aparecer fique atenta, não deixe de viver, não vire uma amargurada que acha que homem é tudo igual, que todos traem. Ame, só não dependa deles, não os permita ser a razão da sua felicidade. Não os deixe tomar um espaço que é seu. Largue os clichês e seja feliz. Saia dessa de que ninguém é de ninguém, que a vida é curta, vida louca, curte com os errados até achar o certo, se o coração bater mais forte, ouça o Drumonnd e não deixe o amor passar. Porque no fundo todo mundo quer ser de alguém.


Estágios do esquecimento:


Estágio um: “meu mundo caiu...” Agora você só que ficar no sofá, assistindo filmes, séries, e pensando porque você não tem um McDreamy (Patrick Dempsey de Grey’s Anatomy) na sua vida? Você quer ligar, chora, seu rosto está deformado e não sabe a diferença entre um chocolate e um pedaço de carne. Aí é o poço, com você cavando mais 15 metros de lama. Transformou-se numa maníaca obsessiva que liga o tempo todo, manda mensagem, confere orkut, apaga depoimento, rasga as cartas.


Estágio dois: “Tudo bem, tudo bem, não era pra ser, mas um dia ele vai descobrir que eu fui à mulher que mais gostou dele. Ninguém nunca vai amá-lo como eu. Ela não vale nada e só ele não vê.” Ainda está mal. Mas você consegue.


Estágio três: Esse é o mais difícil de todos, aí você é uma enganada, uma iludida, acha que superou, vai lá diz pra todo mundo que você está bem, nunca esteve melhor e que agora vai achar alguém que a dê valor. Sai da cama, coloca o vestidinho preto indefectível, lança um scarpin novinho e acha que é uma nova mulher. Mas é só esbarrar no primeiro barzinho onde vocês pela primeira vez tocaram seus fofos narizes, acabou, aquela mulher decidida volta pra casa chora, se olha no espelho e promete ser o choro de despedida. Porque será que tudo tem que ter uma despedia? “Nosso último beijo, nosso último cinema, última carta, última música dedicada”. Aqui você cresce, agora é a maníaca depressiva.


Estágio quatro: Esse é chato porque às vezes o cara nem é um escroto, só não te quis, mas você amiga, você está com nojo. Tudo nele é repulsivo. O cara virou uma bola de papel amassada com uma lista de defeitos. Não são os do tipos gola amassada, perfume barato, não, você é cruel. Mau filho (e nessa vai uma obs. mau filho, mal tudo), tudo ao redor dele nos mínimos detalhes é um grande erro. Se ele abrir a boca você pensa num corte, se tiver a oportunidade de dizer pra ele se afastar... Ela é sua, diz enfaticamente, com todas as letras que ele já era.


Estágio cinco: “I can see cleary now the rain is gone...” Mulher você está curada, agora você entende que a vida é muito mais que isso, que ele foi, que virão outros, ou não. Mas você agora está de bem, as cores voltaram aparecer, os filmes românticos são legais, mas não autobiográficos, as músicas não são suas. Você se olha no espelho e diz: “eu não sou a mulher mais linda do mundo, também não estou entre as dez mais, as cem ... ok as mil, as dez mil, as cem mil ? as um milhão? Mas estou entre as um bilhão de mulheres mais lindas do mundo! Será que vai sair uma revista? Você não precisa, nota o quanto é desejável, existem muitas outras opções e daqui a dez anos você vai encontrar aquela amiga dos tempos do dito cujo e ela vai perguntar: “Cadê aquele carinha, como é o nome dele mesmo?”Você diz “Que carinha”? “E ela “Aquele que você era apaixonada” aí você dispara “Quem, fulano? Nossa não o vejo há séculos, de onde desenterrou ele, têm anos que não sei nada dele...” as duas riem lembrando o quanto sofreram, em vão, e sua amiga termina com chave de ouro “Pizza ou carne?”.


Raquel Pimentel

4 comentários:

  1. Amiga, você arrasa! Sou sua fã!!
    Nem vou te falar em que estágio estou! hahahaha

    Beijo enorme, Natália

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  2. Queeel, adorei o texto auhauhauah

    Estágio cinco: “I can see cleary now the rain is gone...”

    Adorei kkkkkkkk

    bjuw

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  3. "I can see cleary now the rain is gone.."
    não tenho mais o que dizer!!
    Parabés,
    ;]Tai.

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  4. Nossa, perfeito, eu tou morrendo de rir ateh agora!!!!

    bjs,parabéns!

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